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Mercado do Bolhão

Actualizado: 9 sept 2021

O emblemático Mercado do Bolhão localiza-se no coração da cidade do Porto, na freguesia de Santo Ildefonso. Este mercado constitui a totalidade de um quarteirão, sendo delimitado pela Rua Fernandes Tomás, Rua de Alexandre Braga, Rua Formosa e Rua de Sá da Bandeira.

O Mercado é um dos símbolos mais icônicos da cidade, por tudo o que mesmo integra, desde os cheiros, as cores e principalmente pelos seus trabalhadores que representam a alma portuense. Está dividido em seções e especialidades na parte interior, nomeadamente: zona de hortícolas, talho, peixaria e flores. No exterior existem outras lojas, como perfumarias, cafetarias e muitas outras variedades.

Como marco da cidade, em Fevereiro de 2003 o edifício foi declarado como imóvel de interesse público, e em 2013 classificado como monumento de interesse público.


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1. História

A origem do nome Bolhão remonta à data de 1838, quando a Câmara Municipal do Porto proclamou que pretendia construir uma praça nos terrenos do cabido, que tinham sido adquiridos. Desta forma, encontraram um extenso lameiro que existia naquela área e que consequentemente formava uma bolha de água, surgindo assim a designação de Bolhão.

De forma a assegurar o abastecimento de alimentos, devido à expansão da cidade, os dirigentes da cidade no início do século XX viram a necessidade da construção de um novo mercado. No início do século XX, os dirigentes da cidade decidiram a construção de um novo mercado. Assim sendo, em 1910 surge um projeto do arquiteto Casimiro Barbosa, contudo este foi abandonado, e apenas 4 anos depois é que o atual mercado é edificado, com o projeto do arquitecto Correia da Silva.

Durante a primeira metade do século XX, várias foram as alterações realizadas no edifício. A construção do piso que dividia o edifício, mas também que fazia ligação das entradas entre a Rua Sá da Bandeira e Alexandre Braga, foi na década de 40. Todavia, só na segunda metade deste século é que se percebe a necessidade de uma reestruturação total ao mercado, pois foram percebidas patologias graves nos pavimentos do mercado.

Em 1992 um novo projeto surge, apresentado por Joaquim Massena que iria consolidar e a reabilitar o mercado. Vários outros projetos por concurso público foram sendo realizados.

Em 2018 o edifício do Mercado do Bolhão inicia a sua obra de profunda reestruturação sem data de abertura marcada, no entanto caso pretenda pode visitar o Mercado do Bolhão temporário localizado no edifício do centro comercial La Vie.



2. Arquitetura

O Mercado do Bolhão apresenta-se como uma obra vanguardista e caracteriza-se pelo seu neoclássico tardio. Na sua construção foi utilizado betão armado em conjugação com estruturas metálicas, coberturas em madeira de riga e cantaria de pedra granítica, materiais que não eram normalmente utilizados, especialmente em conjunto.

A sua planta é retangular, com um pátio central e dois eixos. O que torna tão especial e monumental, são os torreões nas esquinas em contraponto às linhas horizontais marcadas nas superfícies das fachadas. Sendo desta forma, um exemplo de um edifício português com influência da École de Beaux Arts.

O interior do edifício destaca-se pela fachada principal voltada a Sul, com um frontão com um brasão onde se pode admirar as esculturas de pedra feitas por Bento Cândido da Silva. Foi edificado em torno de um chafariz, e é constituído por dois pisos interligados por escadas e um amplo pátio central.


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